O Ponto de Partida e o Foco Inicial da Fotografia Chinesa
No início da invenção da fotografia, devido às limitações das condições técnicas, a maioria dos fotógrafos chineses focava apenas em tirar retratos de pessoas.
Para a China, a fotografia contemporânea tem um ponto de partida bastante claro — 1976/1977. O conceito de fotografia contemporânea na China passou por mudanças consideráveis nos últimos 40 anos com o desenvolvimento da sociedade, economia, cultura e da própria fotografia, tanto no país quanto no exterior. De acordo com essas mudanças, o processo da fotografia contemporânea na China pode ser dividido em quatro estágios, conforme explicado a seguir.
A Ascensão da Fotografia Não Oficial (1976—1979)
Durante este período, alguns fotógrafos amadores formaram uma rede privada para fotografar sistematicamente as atividades memoriais realizadas espontaneamente pelas massas após a morte do Premier Zhou Enlai, e editar essas fotos em um livro para disseminação social. Essas imagens históricas, conhecidas como a “Fotografia do Movimento de 5 de Abril”, preservam a memória das pessoas sobre o evento e desempenham um papel importante em um momento histórico crítico na China contemporânea.
Nova Fotografia de Vanguarda (1980—1989)
Desde a década de 1980, várias artes ocidentais foram introduzidas na China por meio de reprodução e exposição. Centenas de obras teóricas foram traduzidas e publicadas em um curto espaço de tempo. Novos jornais e revistas fotográficas também surgiram, e muitas feiras de cinema e exposições apareceram por todo o país. O resultado dessa “explosão de informações” na criação fotográfica é que os principais estilos fotográficos ocidentais desde o início do século XX foram reproduzidos na China na década de 1980.
Após aprender e absorver o “período de diversificação” do estilo fotográfico ocidental, a fotografia documental tornou-se a corrente principal do movimento de nova vanguarda no final da década de 1980. As obras de fotografia documental chinesa de 1980 a 1990 seguem duas direções principais, ou seja, expressar o espírito eterno das pessoas comuns e da civilização chinesa, ou retratar o destino trágico das “pessoas”.
Fotografia Experimental (1990—2006)
Em termos de tempo, a fotografia experimental apareceu no final da década de 1980, mas não formou uma tendência influente no campo da arte experimental até meados da década de 1990. Os fotógrafos experimentais geralmente trabalham com artistas experimentais e exibem suas obras na mesma exposição de arte independente. Nesta tendência, os fotógrafos colocam conceitos e palavras acima da performance e desconstróem a realidade por meio de experimentos artísticos. Em vez de focar em capturar momentos da vida, eles prestam mais atenção à forma de expressão artística e tentam controlar a perspectiva das obras, o que leva à popularidade de imagens “artificialmente construídas”.
O Desenvolvimento das Instituições de Fotografia Experimental (2007—)
A Terceira Bienal de Xangai em 2000 e a Primeira Trienal de Guangzhou em 2002 marcaram a legalização e internacionalização da arte experimental chinesa, incluindo a fotografia experimental. Posteriormente, um novo capítulo da fotografia contemporânea foi lançado na China. Esta arte começou a emergir do pequeno círculo de fotógrafos e críticos experimentais, e a participar da vida cultural e da educação artística de toda a sociedade. Paralelamente a essa mudança, novos locais de exposição fotográfica, centros de pesquisa, pesquisa crítica e canais comerciais surgiram, indicando que a fotografia contemporânea na China entrou em um novo estágio institucionalizado. As obras fotográficas contemporâneas não só ocupam uma posição de destaque nas grandes exposições bienais e trienais, mas também se misturam com a cultura popular para desenvolver um festival fotográfico em grande escala com características chinesas. O número de exposições individuais e coletivas em espaços abertos aumentou rapidamente, e algumas ainda mantêm a intenção original da fotografia experimental.
